Jovem quer mobilizar população pela morte de irmã; padrasto matou enteada a facadas em junho na Cecap e causou comoção em Lençóis Paulista

Emanuele Caroline Vieira Bartolomeu, de 25 anos, voltou a pedir o apoio da população para mobilização nesta quinta-feira em frente ao Fórum de Lençóis Paulista, onde ocorrerá audiência de feminicídio registrado em junho no bairro Cecap. Em entrevista ao 90.1 Notícias nesta terça-feira, a jovem pediu que os moradores da cidade a apoiem para que a morte da irmã Elizandra Aparecida Vieira Bartolomeu, com 29 anos, não passe despercebido. No dia 5 de junho, um crime bárbaro comoveu os lençoenses. Elizandra Aparecida Vieira Bartolomeu foi brutalmente assassinada a facadas por seu padrasto, de 53 anosna Cecap. A jovem vítima deixou órfãos dois filhos de 3 e 12 anos. Passados seis meses de muito sofrimento e revolta, familiares e amigos da vítima esperam que a justiça seja feita. O assassino está preso em Bauru e o processo segue em segredo de Justiça, porém, na próxima quinta-feira (16), no Fórum de Lençóis Paulista, será realizada a primeira audiência de instrução do caso – sessão na qual o juiz colhe depoimentos de familiares da vítima, testemunhas, peritos criminais e do próprio acusado com o objetivo de reunir elementos probatórios. Emanuele Caroline Vieira Bartolomeu, foi intimada para depor.

Disse que vai solicitar ao Ministério Público (MP) que a apuração do caso seja aprofundada, já que ela insinua que ninguém fez nada para evitar o crime, tanto que um dia antes do homicídio, teria alertado a genitora que o padrasto havia ameaçado a irmã de morte. “Não foi coisa de momento, foi premeditado”, disse ela ao 90.1 Notícias, da Ventura FM.  A manifestação pública pretende chamar a atenção da sociedade e, principalmente, das autoridades sobre a violência contra as mulheres. Emanuele disse que a reunião com os apoiadores acontecerá a partir das 11 da manhã, no Tonicão, de onde partirão até o Fórum, a partir das 12h. “Justiça no Brasil só se faz quando se chama a atenção, por isso, peço ajuda da população”, conclui Emanuele. Em entrevista semana passada ao 90.1 Notícias, Emanuele disse que ela e a irmã sofreram agressões físicas e psicológicas durante 18 anos, tempo em que o padrasto conviveu com sua genitora.